Uma semana depois de ver sua Chicago querida perder os Jogos Olímpicos para Buenos Aires, isto é, o Rio de Janeiro (enfim, a capital do Brasil), o presidente Barack Obama deu o troco. Ou melhor, recebeu o cheque. Acordou hoje com a notícia de que tinha ganho o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços no desarmamento nuclear. Não é nada, não é nada, o cofrinho da família Obama estufou: o Nobel está em torno de 1,4 milhão de dólares... Lula deve estar com um bico des'tamanho.
Não vou entrar no mérito da premiação - mas, cá entre nós, essa comissão do Nobel é muito esquisita. É muito difícil eles premiarem alguém que a gente conheça - eu confesso, nunca tinha ouvido falar dessa escritora que ganhou o Nobel de Literatura. Os cientistas, então, nem se fala. Às vezes, eu penso que a comissão premiadora é formada só por jornalistas da Ilutrada e presidida pelo Ed Motta - eles nunca ouvem o que todo ouve, nunca lêem o que todo mundo lê: sempre conhecem uma cantora pop da Eslováquia, uma banda pop de Bucareste e um escritor fenomenal, autor de um único livro publicado em edição caseira na Ilha de Páscoa, sem tradução pra nenhuma língua cristã.
Francamente, eu tenho uma alma de boa noite, cinderela - o programa, não o sonífero - e gosto mais de ver darem o prêmio pra algum pobre coitado da Zâmbia do que pro homem que ocupa, dizem, o cargo mais poderoso do mundo. Posso estar totalmente enganado, claro, mas premiar o presidente dos Estados Unidos é uma cópia espantosamente ampliada da eleição do Fernando Collor pra quialquer academia de letras. Certamente, não era isso que o Alfred Nobel original, da fotinho aí em cima, planejava quando criou seu prêmio.
Engraçado mesmo seria que Barack, o boa-praça, fizesse aquilo que todo mundo diz que faria se acordasse com 1 milhão de dólares na conta: desse uma grandiosa banana pro patrão, catasse a patroa e a molecada e fosse saracotear pelo mundo. Já imaginaram o Barack chutando a porta da Casa Branca e cantando: "Ô Michelle! Acertei no milhar! Ganhei 2o mil contos, não vou mais trabalhar!" Seria sensacional, a ordem mundial ficaria de ponta-cabeça, mas quem acordaria do sonho - ao contrário da música - era a gente...
OBA! O mestre voltou!!!
ResponderExcluirQdo li a notícia, fiquei com cara de paisagem. Não entendi nada! De que desarmamento eles falam? O nêgo não tirou UM soldado do Iraque ou do Afegnistão. E vive olhando feio pros lados do Irã! Cientista desconhecido ou escritora alemã-romena, tudo bem; mas, querer resolver o problema econômico dos americanos, mesmo que seja só de um deles, já é demais!!! Bah! Já não se fazem mais Madres Teresas como antigamente...
Fiquei tão surpresa quando li hoje de manhã como quando li que Michael Jackson tinha morrido.
ResponderExcluirNão queria acreditar, quem sabe o editor estivesse desatento, sei lá.
Não dá apra acreditar num absurdo desses.
Mas era tudo verdade.
Obama está se revelando um farsante. Será?
Que medo!
Ficou marcada na minha memória a frase de uma colega que trabalhava na revisão da Abril, em priscas eras (éramos eu, a cantora Suzana Salles e um compositor alternativo chamado Tiago Araripe, entr'outros). Não sei por que era a discussão, mas a moça botou as mãos na cadeira e mandou: "Vem cá! Alguém aqui consegue acreditar em americano comunista?"
ResponderExcluireu nunca tinha ouvido falar nessa escritora, mas como é comum poucos ouviram falar de escritoras mulheres a não ser q elas ganhem algum prêmio. no brasil mesmo há um único dela publicado. como várias outras. eu vivo perguntando quem leu o q e é impressionante a quantidade de homens que raramente lê livros escrito por mulheres. já fiz algumas enquetes e vários falaram que achavam uma literatura menor, uma literatura feminina. raros são os homens que leram woolf e cia. pelo menos com esse prêmio o brasil terá mais obras publicadas dessa autora e nisso já valeu. como sempre digo, prêmios são sempre injustos, mas pelo menos promovem a cultura. se não fosse esse prêmio talvez nunca tivéssemos ouvido falar nessa autora. já serviu pra alguma coisa. beijos, pedrita
ResponderExcluirPedrita, prêmio só é injusto pra quem não ganha. Quem ganha acha justíssimo.
ResponderExcluiré verdd.
ResponderExcluirPedrita,
ResponderExcluirEu devo ser exceção: leio muitos livros escritos por mulheres. E mais exceção ainda, são quase todas muito feias: Virginea Lobo, Patricia Highsmith, Rachel de Queiroz. Se não o Mário ia dizer que eu só leio livro de mulher bonita. Quem vê cara, Mário, não vê coração.....
Eu sei, Vita, que você só compra a Playboy pra ler as entrevistas.
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